
Relatório de Riscos Emergentes (Segundo Trimestre de 2017)
August 17, 2017
O Grupo Operacional de Riscos Emergentes da XL Catlin monitora ativamente uma ampla gama de novos riscos emergentes para oferecer aos nossos subscritores e clientes informações relativas a riscos emergentes novos e existentes. Este relatório trimestral apresenta os destaques e desenvolvimentos relativos a riscos emergentes que, recentemente, ganharam notoriedade e atenção da imprensa.
Inteligência Artificial - risco ou oportunidade?
Atualmente, sistemas simples e interativos de inteligência artificial (IA) estão onipresentes em muitos setores, incorporados na maioria dos aplicativos de software usados por consumidores e empresas de todo o mundo. Com os sistemas de IA cognitiva cada vez mais "na moda", crescem também as incertezas operacionais, regulatórias e jurídicas tanto para as empresas quanto para as (re)seguradoras.
IA como risco
IA consiste em uma teoria de sistemas informáticos capazes de executar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.
Um aspecto da IA é a aprendizagem da máquina; mais especificamente, é um computador ser capaz de executar uma ação sem ter sido explicitamente programado para executá-la. A máquina faz ajustes e aprende automaticamente a lidar com mudanças com base nas ações aprendidas. Embora ainda relativamente novo, esse campo da IA vem progredindo rapidamente.
À medida que se adota mais amplamente o aprendizado da máquina em todos os setores, dúvidas podem surgir ao se determinar a responsabilidade por falhas ou vulnerabilidades de um aplicativo com IA. Há outras possíveis implicações a serem consideradas: questões sobre a propriedade intelectual; políticas relativas à vulnerabilidade, à ciberprivacidade, à privacidade de dados e à responsabilidade que ocorram em produtos ou em operações concluídas relacionadas a produtos defeituosos; indenização trabalhista ou responsabilidade do empregador; e/ou E&O profissionais relativos a um design negligente.
Até o momento, a IA e a aprendizagem das máquinas foram desenvolvidas praticamente sem nenhuma regulamentação. No entanto, nos próximos anos, é possível que as agências reguladoras e os governos tratem dos padrões necessários de privacidade, de ética e das leis para estabelecer as responsabilidades que envolvem um sistema de IA.
IA como oportunidade
As empresas que incorporam a tecnologia de IA (como a aprendizagem por máquinas) em seus produtos e serviços se beneficiarão cada vez mais de uma entrega mais rápida, inteligente e eficiente desses serviços e produtos. Com a automação, os fabricantes, produtores e fornecedores (entre outros) podem também estabelecer melhores processos (criando sistemas que aprendem e melhoram os padrões) para aumentar o potencial de produção global de uma empresa ao reduzirem os custos relativos às ineficiências. Cada vez mais valioso, o "big data" gerado em sistemas e dispositivos conectados (como a internet das coisas) impulsiona a análise preditiva, proporcionando mais conhecimento e percepção das decisões estratégicas.
Dentro da empresa, as seguradoras melhorarão suas operações, como a alavancagem de dados em tempo real que gerem decisões de subscrição, analisem padrões visando ao gerenciamento de fraudes e encontrem novas oportunidades de mercado. Isso se faz possível pelo uso do big data, da modelagem preditiva, da aprendizagem profunda e de um maior poder de computação. O resultado é uma melhor compreensão dos clientes e dos riscos que enfrentam, uma redução drástica nos custos das transações e um serviço de mais valor.
Dentro da XL Catlin, a Accelerate é uma equipe de inovação interna que trabalha com nossas unidades de negócios para gerar novas oportunidades comerciais a partir de novas tecnologias, como a IA. O objetivo é aprimorar a experiência geral dos nossos clientes, desde a aquisição das apólices até o processo de um sinistro.
Leia mais sobre a IA no artigo da Fast Fast Forward intitulado
InsurTech
Em resposta à crescente concorrência e à inovação no setor de seguros, crescem a atenção e os investimentos das grandes transportadoras de seguros na InsurTech (ou 'Tecnologia de Seguros').
Tendência emergente, a InsurTech engloba uma paisagem de startups que promovem a inovação de ideias. Com isso, a transparência e a relevância dos seguros aumentam - atendendo às mudanças nas demandas e nas expectativas dos clientes - para permitir o crescimento por meio de novas propostas e ofertas. A InsurTech facilita o acesso a novos mercados e produtos, além do crescimento e do incremento comercial e operacional no setor.O escopo da InsurTech é extenso e possui várias áreas de foco, incluindo, entre outras: envolvimento de clientes digitais, análise de dados, seguro baseado em uso e/ou novos modelos de negócios (por exemplo, seguro peer-to-peer), inovação de produtos e serviços, internet das coisas, segurança da informação, etc.
No âmbito do (re)seguro, as agências de classificação enxergam um rompimento limitado da InsurTech ao tradicional mercado de seguros no curto prazo, sem impacto imediato na classificação das seguradoras. Normalmente, as startups na área da InsurTech são pequenas e ágeis, focadas em um produto ou serviço de nicho. Ao fecharem parceria com uma seguradora estabelecida, essas startups podem tirar proveito dos canais de distribuição e dos ambientes regulatórios vigentes.
Apesar do baixo impacto imediato na classificação das seguradoras, as agências de classificação observaram que as (re)seguradoras que não investirem na "digitalização e inovação" nos próximos anos verão um impacto no desempenho operacional.
O fundo de capital de risco da XL Catlin, a XL Innovate, investe ativamente em startups em fase inicial que tenham potencial para criar modelos de seguros inovadores, além de empresas de dados e análises que desenvolvam aplicativos de alto valor para o mercado segurador.
Frete autônomo
Ultimamente, no setor marítimo, vêm crescendo o interesse e as discussões sobre o desenvolvimento de navios não tripulados e/ou totalmente autônomos. Assim como os caminhões autônomos nas estradas, espera-se que os navios autônomos no mar, controlados por equipes em terra, reduzam os riscos e os custos associados aos erros humanos e à tripulação a bordo, ao mesmo tempo que melhora a eficiência.
Esses navios podem incorporar novas tecnologias que integrem sensores e aprendizagem de máquinas, a fim de estudar tendências e padrões para uma navegação mais segura.
O setor marítimo ainda tem que abordar os principais desafios legais e regulatórios associados aos padrões marítimos existentes (desenvolvidos para navios tripulados) antes que os navios autônomos possam ser formalmente introduzidos. Por exemplo, as empresas teriam que considerar a aplicabilidade e/ou a revisão das convenções internacionais existentes para as diretrizes marítimas (como as regras sobre "mínimo de pessoal") ou outras disposições que exijam ação e julgamento humanos.
Também precisam ser consideradas as regras e a responsabilidade quanto às condições de navegabilidade, além dos erros de navegação ou colisões. É bem possível que faltem regras claras e surjam incertezas quanto à responsabilidade, sem saber como isso afeta as construtoras de navios, os fabricantes de equipamentos, os desenvolvedores de software e/ou os navegadores remotos.
Os sistemas autônomos também podem ficar mais vulneráveis a riscos cibernéticos, criando exposições de risco novas ou desconhecidas nas políticas marítimas existentes.
Quer saber mais sobre autonomia? Leia nosso .
Mais Artigos
Acessos Rápidos
Recursos Relacionados
- Veja Tudo
Seguro paramétrico: certo, rápido e econômico
A forma da carga: o seguro de cargas em 2020
A ɫƵ como controladora, utiliza cookies para fornecer seus serviços, melhorar a experiência do usuário, medir o envolvimento do público e interagir com as contas de redes sociais do usuário, entre outros. Alguns desses cookies são opcionais e não definiremos cookies opcionais a menos que você os habilite clicando no botão "ACEITAR TODOS". Você pode desativar esses cookies a qualquer momento através da seção "Como gerenciar suas configurações de cookies" em nossa política de cookies.