
Brasil e México ainda oferecem riscos, mas também oportunidades de crescimento
October 04, 2018
Por Pablo Crain e Renato Rodrigues
A América Latina tem exibido um crescimento econômico estável nos últimos anos, mas uma desaceleração está se aproximando. Uma mistura de incertezas políticas e financeiras está obscurecendo as perspectivas para as duas maiores economias da região, o Brasil e o México.
2018 pode ser um ano fulcral para os dois países, após eleições que irão remodelar seus governos e, potencialmente, sua política fiscal. Em meio à crescente frustração com o estabelecimento político, o México elegeu seu primeiro candidato da oposição em muitas décadas, Andrés Manuel López Obrador. A eleição presidencial do Brasil em outubro apresenta um campo diversificado de candidatos e parece ser um referendo sobre quem é mais adequado para combater a corrupção e tirar o país de uma recessão prolongada. O Brasil sofreu com uma série de casos de corrupção de grande visibilidade, liderada pela , um escândalo de suborno que abrangeu 12 países, gerou bilhões de dólares em multas e envolveu centenas de indivíduos e líderes políticos brasileiros.
Nesse contexto, muitas questões permanecem sem resposta: o Brasil e o México continuarão no caminho da reforma e de políticas favoráveis aos negócios? O Brasil conseguirá reduzir os altos índices de criminalidade e conter a corrupção descontrolada que mancha as corporações multinacionais e dezenas de políticos? Como o Brasil lidará com suas restrições fiscais? O novo presidente do México vai tirar as negociações sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte dos trilhos? Como cada país equilibrará os desafios domésticos com sua necessidade de atrair investimento e comércio estrangeiros? Lopez Obrador, conhecido popularmente por suas iniciais, AMLO, se opôs à privatização do setor de energia do México e pode reverter as políticas de seu antecessor. Isso se estenderá a outros setores e deterá os investidores?
Desde 2016, a América Latina tem sido um dos melhores lugares do mundo no crescimento econômico regional e em políticas mais favoráveis ao mercado. Mas o crescimento entre agora e 2022 poderá ser escasso, de acordo com a análise do Eurasia Group. Muito disso decorre das incertezas decorrentes das eleições no Brasil e no México.
Para 2018, o Fundo Monetário Internacional prevê que o PIB da região cresça 2%, percentual inferior à média mundial de 3,9% e bem abaixo da projeção de 6,5% para as economias emergentes da Ásia.
Oportunidades em meio a riscos
Apesar da desaceleração projetada, as oportunidades continuam em toda a América Latina, incluindo o Brasil e o México. Investidores que olham para o Brasil, por exemplo, veem que o país tem uma grande vantagem. Embora o investimento estrangeiro direto fluindo para o país tenha diminuído um pouco, ele permanece robusto, com mais de 50% dos investimentos em indústria, energia e gás. Durante o primeiro semestre de 2018, o México atraiu US$ 17,8 bilhões em investimento estrangeiro direto, 14% acima do mesmo período do ano anterior. Os investimentos foram principalmente em manufatura e serviços financeiros.
Brasil e México têm seus desafios, mas há amplas razões para as empresas continuarem operando em ambos. Para aproveitar as oportunidades de crescimento, as empresas precisam entender e gerenciar os riscos que encontram na região.
Pontos fortes do Brasil e do México
Brasil |
Mexico |
---|---|
Vastos recursos naturais |
Variedade de recursos naturais |
Ampla classe média |
Custos baixos do trabalho |
Localização estratégica na América Latina |
Localização estratégica na América Latina |
Economia diversificada ligada ao comércio internacional |
Participa de diversos grupos de comércio internacional e de desenvolvimento |
Setores exportadores fortes, incluindo agricultura, carne bovina, aves e aeronáutica |
Setores exportadores robustos, incluindo automotiva e industrial; privatização em curso nos setores de transportes e energia |
É«¶à¶àÊÓÆµestá empenhada em ajudar nossos clientes a gerenciar os riscos que enfrentam na América Latina, onde atuamos há muitos anos. Para obter mais informações sobre como fazemos parcerias com aqueles que movem o mundo adiante, visite .
Pablo Crain é country manager do México na AXA XL. Ele pode ser encontrado em pablo.crain@axaxl.com
Renato Rodrigues é o country manager do Brasil na AXA XL. Ele pode ser encontrado em renato.rodrigues@axaxl.com A América Latina tem exibido um crescimento econômico estável nos últimos anos, mas uma desaceleração está se aproximando. Contudo, as oportunidades continuam em toda a América Latina, dizem Renato Rodrigues e Pablo Crain, country managers do Brasil e o México.
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